Wednesday, April 28, 2010

Wednesday, April 21, 2010

.:. Rizoma .:. Enchente de Verdade. Rio de Janeiro, Abril/2010


"Desde já queremos dizer que NEM TUDO que é dito pelas pessoas aqui reflete o pensamento do Rizoma, e talvez nem o pensamento de quem falou. Porque a questão aqui não é refletir pensamentos e sim emoções, de quem estava no meio de uma situação extrema e fatal, para muitos. Vocês vão ver muitos palavrões e ofensas, mas certamente isso não é nada perto de mais de 100 pessoas mortas, se isso representa um manifesto humano. Primeiramente íamos colocar a famosa censura ao palavreado chulo, mas seria hipócrita em uma situação como essa, todo mundo sabe o que se diz, mas quer esconder e esse "documentarismo-radical" não vem pra esconder e sim pra revelar. Tragédia, emoção e limite emocional.
Tínhamos entusiasmo, um bote e uma corda."
.Rizoma
http://canalrizoma.blogspot.com

Merece ser visto!

Agradeço a Ruth Saldanha que me apresentou o trabalho do Rizoma!

Friday, April 09, 2010

Lei Rouanet - 19 anos de burocracia

  • A partir da criação da Lei Rouanet surgiu no país um novo tipo de artista, o artista empresário. Esse artista possui um cabedal que incluí, entre outras coisas, os "ajudantes", ou seja, os que fazem o trabalho pesado de meter a mão na tinta, massa, ferro, arame, pano, lata, ou seja lá o que for que ira definar a Arte do Grande Artista Titular.

  • Possuidores de bem estruturados ateliês onde se tornaram meros "fazedores de projetos" esses artistas se debruçam em suas outrora mesas de desenho para conseguir cumprir todas as exigências da Lei Rouanet, elaborando projetos mirabolantes de coisa nenhuma visando obter os fartos recursos de empresas, como a Petrobrás, Bancos públicos e privados e centenas de empresas que estão abertas a usar o patrocínio para obter até 6% de abatimentos no imposto de renda.

[Os incentivos da União à cultura somam 310 milhões de reais: 30 milhões para a Funarte e 280 milhões para a Lei Rouanet (porcentagem investida diretamente pela União), enquanto o incentivo fiscal retira dos cofres da união cerca de um bilhão por ano (dados de 2008).]

Todos este recursos não oferecem respaldo para artistas iniciantes saídos de escolas de arte ou os conhecidos autodidatas de verdadeira vocação e que também perderam o apoio dos Governos, que em outras eras patrocinavam Salões e Galerias de Artes, onde os artistas, podiam expor com certa economia, sem precisar recorrer a projetos que chegam a custar no mínimo dois mil reais só para serem colocados no papel e poder sofrer o crivo do Minc, nem sempre com a sua aprovação devido a burocracia insana que tomou conta da cultura do país.

Ouvi dizer (a boca pequena) que há de se ter contatos, tanto no Minc como nas empresas patrocinadoras, mas são apenas boatos que não devem ser levados em conta. O que pode ser dito e visto a olho nu, perante as exposições nas grandes salas, é a proliferação dos artistas milionários e que passam longe das escolas tradicionais ou vanguardistas das artes.

Não os recrimino, esses novos e velhos emergentes da arte estão dentro do que foi proposto pela Lei Rouanet, pois a mesma só pode capacitar pessoas com o um bom capital e donos de verdadeiros escritórios-atelier com direito a secretárias, advogados além dos tradicionais marchants para manter os contatos e garantir as reservas nos salões, salas e galerias de arte, públicos ou privados, nacionais ou internacionais a revelia do infeliz que se aventura sozinho ou em grupo a ocupar esses espaços.


Em meados de 2009 como estava a frente de um pequeno atelier com meia dúzia de artistas idealistas e cheios de esperança, procurei dezenas de salas oficiais e privadas pela cidade do Rio de Janeiro e todas elas exigiam que o nosso grupo apresenta-se a aprovação do projeto da exposição com o patrocínio da Lei Rouanet o que inviabilizou de imediato a nossa meta.

Lembro que anos atrás, antes da nova “Lei de Ouro” expus sem nenhuma dificuldade na Sala Funarte do Museu Nacional de Belas Artes, em uma coletiva no MAM e participei durante anos do Salão Carioca de Arte e do Salão Nacional. Isso tudo apenas apresentando uma simples ficha de inscrição além do meu trabalho devidamente emoldurado.

Aproveito e parabenizo os artistas que conseguem pelos seus verdadeiros méritos e esforços próprios fazer uso da Lei Rouanet e acrescento que além de artistas tem o mérito da paciência dos santos.

Por outro lado destaco que surge ou insurge uma nova classe de artistas no Rio de Janeiro, na qual eu me incluo, são os artistas abnegados e sem um tostão para entregar a projetos da Lei Rouanet e sem a santa paciência para preencher centenas de formulários em sites que mais parecem labirintos com o Minotauro esperando num canto.

Essa nova classe de artista prolifera pela internet, faz exposições nas salas e nos quintais das casas, (ainda não ouvi falar de exposição na laje, mas prevejo o surgimento de algumas em breve). Expõe coletivamente para poder bancar os altos custos das galerias, transformam casas em ateliers e assim podem fazer jus ao nome de artistas.

É claro que esses artistas, que a imperiosa Lei Rouanet não conseguiu cortar o veio de criatividade, dificilmente serão lembrados além dos seus anos de vida e fora do meio familiar e de amizades. { Talvez em algum tosco apartamento daqui há meio século ou mais se encontre dependurado e cheio de fungo um maravilhoso quadro de artista desconhecido. O novo proprietário do imóvel o irá atirar pela lixeira e não se fala mais nisso.}

Em vernissages regadas a champanhe, coca-cola, e deliciosos canapés, os artistas, admiradores e estudantes de arte, mostram suas caras de “não mais conhecedores de arte”, depois de terem desfilado por amplas paredes cobertas de “coisa nenhuma”, mas com fino acabamento e que farão parte do acervo destes gloriosos museus “para a posteridade”.

LEI ROUANET (Lei Federal 8.313) - Esta lei federal, foi assinada em
1991 e permite às empresas patrocinadoras um abatimento de até 4%
no imposto de renda, desde que já disponha de 20% do total já
pleiteado. Para ser enquadrado na lei, o projeto precisa passar pela
aprovação do Ministério da Cultura, sendo apresentado à Coordenação
Geral do Mecenato e Aprovado pela comissão Nacional de Incentivo à
Cultura.

Thursday, April 01, 2010

Diego do Violino


Do grupo de crianças instrumentistas do Afro Reggae, Diego chamou a atenção do país na foto de Marcos Tristão, foto premiada inclusive.
Ao ver o menino na foto procurei visualisar um mundo brilhante para ele com superações e vitórias. No entanto, já há algum tempo Diego tem sofrido drásticos problemas de saúde.
É muito triste. Esse menino tem uma grande sensibilidade e enorme vocação.


Talvez ele não seja mesmo deste mundo. É um anjo.
Espero que ele se recupere e continue a fazer parte deste mundo entre nós, reles mortais.

Retirado do jornal Extra:
Enviado por Casos de Cidade -
1.4.2010
| 9h39m
Diego do Violino está com leucemia, diz coordenador do AfroReggae

Depois de comemorar uma pequena melhora no quadro de saúde de Diego Frazão Torquato, o Diego do Violino, de 12 anos, a família do menino agora enfrenta um novo drama. O coordenador do AfroReggae, José Junior, contou que o garoto está com leucemia aguda.

- A situação é gravíssima. Se ele fizer quimioterapia, corre o risco de morrer. Se ele não fizer, também corre o risco de morrer. Está muito mal mesmo - disse ele, confirmando que Diego permanece internado no Hospital Estadual de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Integrante da orquestra do AfroReggae há cinco anos, Diego ficou conhecido em outubro de 2009, ao tocar no enterro de Evandro João da Silva, um dos coordenadores da Ong. No dia 27 de março deste ano, o menino foi submetido a uma operação no apêndice no Hospital Moacyr do Carmo, também em Caxias, e teve uma infecção generalizada, ficando em estado grave.

Quatro dias depois, Diego chegou ao Hospital de Saracuruna, com dificuldade para respirar, e foi constatada uma infecção generalizada. Desde então, José Junior tem postado em seu Twitter várias mensagens sobre o garoto, pedindo orações para ele. Confira aqui a íntegra de uma das mensagens mais recentes:

"Ver o pequeno-grande Diego entubado tendo uma parada cardiaca é de uma dor que não tem como descrever. Ver o Telmo gritando pra Deus perguntando o porque desses ultimos acontecimentos na sua vida - além do diego a sua esposa tambem passa por graves problemas. É algo que nos faz questionar e ao mesmo tempo meditar pensando nos designios divinos. Tudo tem um "porque" ou acreditamos ter um "porque". Nosso pequeno-grande Diego esta com leucemia aguda. Se o obstáculo antes parecia grande esse agora virou um desafio gigantesco. Não que o pequeno-grande Diego não tenha passado por enfrentamentos de grande porte. Desde muito cedo tudo na sua vida tem sido complicado agora aos 12 anos não poderia ser diferente. Diego tem como marca pessoal a busca pela superação. Pelo lado do "homem" Diego esta sendo muito bem atendido e esta com toda a infra-medica a sua disposição. Pelo lado "divino" temos muito coisa pra pedir através de orações, mentalizações e pela fé em busca da reversão desse quadro. Como eu acredito em causas possiveis e impossiveis, eu acredito na recuperação do nosso pequeno-grande Diego".


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