Friday, December 13, 2019

Contra a Escravidão - A Igreja Católica se manifestou.




1 - Em 13 de Janeiro de 1435, através da bula Sicut Dudum, o papa Eugénio IV mandou RESTITUIR À LIBERDADE os cativos das ilhas Canárias.


2- Em 7 de setembro de 1462, o papa Pio II (1458-1464) deu instruções aos bispos contra os tratamentos dos negros proveniente da Etiópia condenando o comércio de escravos como magnum scelus (grande crime)

3- Em 1537, o papa Paulo III (1534-1549), através da bula Sublimus Dei (23 de Maio) e da encíclica Veritas ipsa (9 de Junho), lembrava aos cristãos que os índios “das partes ocidentais, e os do meio-dia, e DEMAIS GENTES”, eram SERES LIVRES POR NATUREZA.

4- Em 1571 Tomás de Mercado, TEÓLOGO DE SEVILHA, declarava DESUMANA E ILÍCITA A TRAFICÂNCIA DE ESCRAVOS. Em sua Summa de TRATOS Y CONTRATOS, este autor afirmava não haver justificativa para negócio tão infame.

5- O papa Gregório XIV (1590-1591) publicou a CUM SICUTI (1591) condenando a escravidão.

6- O papa Urbano VIII (1623-1644), também se pronunciou contra a escravidão na COMMISSUM NOBIS (1639).

7- O papa Bento XIV (1740-1758) na Bula IMMENSA PASTORUM escreveu:

...recebemos certas notícias não sem gravíssima tristeza de nosso ânimo paterno, depois de tantos conselhos dados pelos mesmos Romanos Pontífices, nossos Predecessores, depois de Constituições publicadas prescrevendo que aos infiéis do melhor -modo possível dever-se-ia prestar trabalho, auxílio, amparo, não descarregar injúrias, não flagelos, não ligames, NÃO ESCRAVIDÃO, não morte violenta, sob gravíssimas penas e censuras
eclesiásticas...

8- O papa Gregório XVI (1831-1846) ao publicar a bula IN SUPREMO (1839) condenou a escravidão da seguinte forma:
Admoestamos os fiéis para que se abstenham do desumano tráfico dos negros ou de quaisquer outros homens que sejam...”
9- Em 1888, o Papa Leão XIII, na encíclica IN PLURIMIS, dirigida aos bispos do Brasil, pediu-lhes apoio ao Imperador (Dom Pedro II) e a sua filha (Princesa Isabel), na luta que estavam a travar pela abolição definitiva da escravidão.


Detalhe: Houve três papas africanos que vieram de uma região do norte da África, onde os povos eram predominantemente negros. Embora não haja nenhum retrato autêntico destes papas, há desenhos e referências na Enciclopédia Católica a respeito de serem africanos. Os nomes dos três papas africanos são Vencedor ou Victor, Gelasius , e Melquiades ou Miltiades.
PARA CITAR

VIANA, Marina. Documentos Oficiais da Igreja contra a escravidão. Disponível em: < http://www.apologistascatolicos.com/index.php/magisterio/documentos-eclesiasticos/decretos-e-bulas/506-documentos-oficiais-da-igreja-contra-a-escravidao>. Desde 27/03/2012





Bula Veritas Ipsa (Contra A Escravidão no Novo Mundo) - Papa Paulo III




Paulo III, a todos os fieis Cristãos, que as presentes letras virem, saúde, e benção Apostólica. 

A mesma Verdade, que nem pode enganar, nem ser enganada, quando mandava os Pregadores de sua Fé a exercitar este ofício, sabemos que disse: Ide, e ensinai a todas as gentes. A todas disse, indiferentemente, porque todas são capazes de receber a doutrina de nossa Fé. Vendo isto, e invejando-o o com um inimigo da geração humana, que sempre se opõe às boas obras, para que pereçam, inventou um modo nunca dantes ouvido, pera estorvar que a palavra de Deus não se pregasse às gentes, nem elas se salvassem. Pera isto, moveu alguns ministros seus, que desejosos de satisfazer a suas cobiças, presumem afirmar a cada passo, que os Índios das partes Ocidentais, e os do Meio dia, e as mais gentes, que nestes nossos tempos tem chegado a nossa noticia, hão de ser tratados, e reduzidos a nosso serviço como animais brutos, a título de que são inábeis para a Fé Católica: e socapa de que são incapazes de recebê-la, os põem em dura servidão, e os afligem, e oprimem tanto, que ainda a servidão em que tem suas bestas, apenas é tão grande como aquela com que afligem a esta gente.

Nós outros, pois, que ainda que indignos, temos as vezes de Deus na terra, e procuramos com todas as forças achar suas ovelhas, que andam perdidas fora de seu rebanho, pera reduzi-las a ele, pois este é nosso oficio; conhecendo que aqueles mesmos Índios, como verdadeiros homens, não somente são capazes da Fé de Cristo, senão que acodem a ela, correndo com grandíssima prontidão, segundo nos consta: e querendo prover nestas cousas de remédio conveniente, com autoridade Apostólica, pelo teor das presentes letras, determinamos, e declaramos, que os ditos Índios, e todas as mais gentes que daqui em diante vierem à noticia dos Cristãos, ainda que estejam fora da Fé de Cristo, não estão privados, nem devem sê-lo, de sua liberdade, nem do domínio de seus bens, e que não devem ser reduzidos a servidão. Declarando que os ditos índios, e as demais gentes hão de ser atraídas, e convidadas à dita Fé de Cristo, com a pregação da palavra divina, e com o exemplo de boa vida.

E tudo o que em contrário desta determinação se fizer, seja em si de nenhum valor, nem firmeza; não obstante quaisquer coisas em contrário, nem as sobreditas, nem outras, em qualquer maneira.

Dada em Roma, ano de 1537, aos nove de Junho, no ano terceiro de nosso Pontificado.
FONTE: Papa Paulo III - "Bula Veritas Ipsa" MONTFORT Associação



Bula Quo Primum Tempore (Instituição da Missa Tridentina) Papa Pio V

Pio Papa V

Pio Bispo
Servo dos Servos de Deus
Para perpétua memória
1 - Desde que fomos elevados ao ápice da Hierarquia Apostólica, de bom grado aplicamos nosso zelo e nossas forças e dirigimos todos os nossos pensamentos no sentido de conservar na sua pureza tudo o que diz respeito ao culto da Igreja; o que nos esforçamos por preparar e, com a ajuda de Deus, realizar com todo o cuidado possível.
2 - Ora, entre outros decretos do Santo Concílio de Trento cabia-nos estabelecer a edição e correção dos livros santos: Catecismo, Missal e Breviário.
3 - Com a graça de Deus, já foi publicado o Catecismo, destinado à instrução do povo, e corrigido o Breviário, para que se tributem a Deus os devidos louvores. Outrossim, para que ao Breviário correspondesse o Missal, como é justo e conveniente (já que é soberanamente oportuno que, na Igreja de Deus, haja uma só maneira de salmodiar e um só rito para celebrar a Missa), parecia-nos necessário providenciar, o mais cedo possível, o restante desta tarefa, ou seja, a edição do Missal.
4 - Para tanto, julgamos dever confiar este trabalho a uma comissão de homens eruditos. Estes começaram por cotejar cuidadosamente todos os textos com os antigos de nossa Biblioteca Vaticana e com outros, quer corrigidos, quer sem alteração, que foram requisitados de toda parte. Depois, tendo consultado os escritos dos antigos e de autores aprovados, que nos deixaram documentos relativos à organização destes mesmos ritos, eles restituíram o Missal propriamente dito à norma e ao rito dos Santos Padres.
5 - Este Missal assim revisto e corrigido, Nós, após madura reflexão, mandamos que seja impresso e publicado em Roma, a fim de que todos possam tirar os frutos desta disposição e do trabalho empreendido, de tal sorte que os padres saibam de que preces devem servir-se e quais os ritos, quais as cerimônias, que devem observar doravante na celebração das Missas.
6 - E a fim de que todos, e em todos os lugares, adotem e observem as tradições da Santa Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, decretamos e ordenamos que a Missa, no futuro e para sempre, não seja cantada nem rezada de modo diferente do que esta, conforme o Missal publicado por Nós, em todas as Igrejas: nas Igrejas Patriarcais, Catedrais, Colegiais, Paroquiais, quer seculares quer regulares, de qualquer Ordem ou Mosteiro que seja, de homens ou de mulheres, inclusive os das Ordens Militares, igualmente nas Igrejas ou Capelas sem encargo de almas nas quais a Missa conventual deve, segundo o direito ou por costume, ser celebrada em voz alta com coro, ou em voz baixa, segundo o rito da Igreja Romana, ainda quando estas mesmas Igrejas, de qualquer modo isentas, estejam munidas de um indulto da Sé Apostólica, de costume, de um privilégio, até de um juramento, de uma confirmação apostólica ou de quaisquer outras espécies de faculdades. A não ser que, ou por uma instituição aprovada desde a origem pela Sé Apostólica, ou então em virtude de um costume, a celebração destas Missas nessas mesmas Igrejas tenha um uso ininterrupto superior a 200 anos.A estas Igrejas Nós, de maneira nenhuma, suprimimos nem a referida instituição, nem seu costume de celebrar a Missa; mas, se este Missal que acabamos de editar lhes agrada mais, com o consentimento do Bispo ou do Prelado, junto com o de todo Capítulo, concedemos-lhes a permissão, não obstante quaisquer disposições em contrário, de poder celebrar a Missa segundo este Missal.
7 - Quanto a todas as outras sobreditas Igrejas, por Nossa presente Constituição, que será valida para sempre, Nós decretamos e ordenamos, sob pena de nossa indignação, que o uso de seus missais próprios seja supresso (suprimido) e sejam eles radical e totalmente rejeitados; e, quanto ao Nosso presente Missal recentemente publicado, nada jamais lhe deverá ser acrescentado, nem supresso, nem modificado. Ordenamos a todos e a cada um dos Patriarcas, Administradores das referidas Igrejas, bem como a todas as outras pessoas revestidas de alguma dignidade eclesiástica, mesmo Cardeais da Santa Igreja Romana, ou dotados de qualquer outro grau ou preeminência, e em nome da santa obediência, rigorosamente prescrevemos que todas as outras práticas, todos os outros ritos, sem exceção, de outros missais, por mais antigos que sejam, observados por costume até o presente, sejam por eles absolutamente abandonados para o futuro e totalmente rejeitados; cantem ou rezem a Missa segundo o rito, o modo e a norma por Nós indicados no presente Missal, e na celebração da Missa, não tenha a audácia de acrescentar outras cerimônias nem de recitar outras orações senão as que estão contidas neste Missal.
8 - Além disso, em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, pelo teor da presente Bula, concedemos e damos o indulto seguinte: que, doravante, para cantar ou rezar a Missa em qualquer Igreja, se possa, sem restrição seguir este Missal com permissão e poder de usá-lo livre e licitamente, sem nenhum escrúpulo de consciência e sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença e censura, e isto para sempre.
9 - Da mesma forma decretamos e declaramos que os Prelados, Administradores, Cônegos, Capelães e todos os outros Padres seculares, designados com qualquer denominação, ou Regulares, de qualquer Ordem, não sejam obrigados a celebrar a Missa de outro modo que o por Nós ordenado; nem sejam coagidos e forçados, por quem quer que seja, a modificar o presente Missal, e a presente Bula não poderá jamais, em tempo algum, ser revogada nem modificada, mas permanecerá sempre firme e válida, em toda a sua força.
10 - Não obstante todas as decisões e costumes contrários anteriores, de qualquer espécie: Constituições e Ordenações Apostólicas, ou Constituições e Ordenações, tanto gerais como especiais, publicadas em Concílios Provinciais e Sinodais; não obstante também o uso das Igrejas acima enumeradas, ainda que autorizado por uma prescrição bastante longa e imemorial, mas que não remonte a mais de 200 anos.
11 -Queremos e, pela mesma autoridade, decretamos que, depois da publicação de Nossa presente Constituição e deste Missal, todos os padres sejam obrigados a cantar ou celebrar a Missa de acordo com ele: os que estão na Cúria Romana, após um mês; os que habitam aquém dos Alpes, dentro de três meses; e os que habitam além das montanhas, após seis meses ou assim que encontrem este Missal à venda.
12 - E para que em todos os lugares da Terra este Missal seja conservado sem corrupção e isento de incorreções e erros, por nossa Autoridade Apostólica e em virtude das presentes, proibimos a todos os impressores domiciliados nos lugares submetidos, direta ou indiretamente, à Nossa autoridade e à Santa Igreja Romana, sob pena de confiscação dos livros e de uma multa de 200 ducados de ouro, pagáveis à Câmara Apostólica, bem como aos outros domiciliados em qualquer outro lugar do mundo, sob pena de excomunhão ipso facto e de outras penas a Nosso alvitre, se arroguem, por temerária audácia, o direito de imprimir, oferecer ou aceitar esta Missa, de qualquer maneira, sem nossa permissão, ou sem uma licença especial de um Comissário Apostólico por Nós estabelecido, para estes casos, nos países interessados, e sem que antes, este Comissário ateste plenamente que confrontou com o Missal impresso em Roma, segundo a impressão típica, um exemplar do Missal destinado ao mesmo impressor, que lhe sirva de modelo para imprimir os outros, e que este concorda com aquele e dele não difere absolutamente em nada.
13 - E como seria difícil transmitir a presente Bula a todos os lugares do mundo cristão e leva-la imediatamente ao conhecimento de todos, ordenamos que, segundo o costume, ela seja publicada e afixada às portas da Basílica do Príncipe dos Apóstolos e da Chancelaria Apostólica, bem como no Campo de Flora. Ordenamos igualmente que aos exemplares mesmo impressos desta Bula, subscritos pela mão de um tabelião público e munidos, outrossim, do Selo de uma pessoa constituída em dignidade eclesiástica, seja dada, no mundo inteiro, a mesma fé inquebrantável que se daria à presente, caso mostrada ou exibida.
14 - Assim, portanto, que a ninguém absolutamente seja permitido infringir ou, por temerária audácia, se opor à presente disposição de nossa permissão, estatuto, ordenação, mandato, preceito, concessão, indulto, declaração, vontade, decreto e proibição.
Se alguém, contudo, tiver a audácia de atentar contra estas disposições, saiba que incorrerá na indignação de Deus Todo-poderoso e de seus bem aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.


  • Dado em Roma perto de São Pedro, no ano da Encarnação do Senhor mil quinhentos e setenta, no dia 14 de Julho, quinto de Nosso Pontificado - Pio Papa V.



Friday, November 29, 2019

Schadenfreude ou fremdscham.


Estudando sobre comportamento, meio social, natureza humana, temas abordados na sociologia e na psicologia, não posso me omitir de falar sobre esse interessante assunto. O que nos faz rir de certas piadas e muitos riem de cenas de danos de terceiros e até de si próprios? O alemão tem uma palavra que coube perfeitamente a tal situação e é usada nos estudos científicos de comportamento.
Trago aqui um breve resumo e links para quem quiser se aprofundar no assunto. 


Neuropsychologia

Volume 116, Parte A , 31 de julho de 2018 , Páginas 52-60

Rir ou retrair? Processos comuns e distintos de schadenfreude baseada em recompensa e fremdscham baseado em empatia.

Colaboraram para o artigo:


Esclarecimentos: 

Observar a situação alheia pode desencadear emoções de schadenfreude e fremdscham.
Redes neurais comuns e distintas estão subjacentes a schadenfreude e fremdscham.
Schadenfreude bastante ligado à recompensa, fremdscham bastante ligado à empatia.
Atividade insula atenuada se os observadores se concentrarem em schadenfreude vs. fremdscham.
A valência e a intensidade das emoções interpessoais dependem da postura motivacional.

Abstrato

Testemunhar as angústias dos outros pode ser engraçado para os observadores, mas também pode provocar uma empatia com a vítima da situação. 
No presente estudo, examinamos as redes neurais comuns e distintas envolvidas no schadenfreude (ou seja, o prazer derivado do infortúnio de outra pessoa) e no fremdscham (ou seja, compartilhando de forma empática o constrangimento com a desgraça do outro).
Usando imagens funcionais de ressonância magnética, examinamos um total de = 34 participantes enquanto observavam ameaças à integridade social de um outro infeliz e relatavam sua schadenfreude ou fremdscham. 
Nesse projeto entre sujeitos, descobrimos que, apesar de uma ampla sobreposição nas regiões do cérebro envolvidas na cognição social , a ínsula anterior esquerda(AI) foi menos ativada se fosse pedido aos observadores que se concentrassem em sua schadenfreude. 
Além disso, a atividade do núcleo accumben covaria exclusivamente com a intensidade da experiência schadenfreude e apresentava uma maior conectividade funcional com a IA esquerda no contexto de schadenfreude do que durante fremdscham.
Com os presentes achados, demonstramos que a valência e a intensidade das emoções interpessoais dependem fortemente do contexto experimental e que oscircuitos de empatia e recompensa estão envolvidos na formação da experiência subjetiva.


Resumo gráfico



As molas e as cordas que regem a sociedade.



Flavia D Tavares
14 de novembro às 18:28
Quase ninguém curtiu o que publiquei sobre alguns dos "10 experimentos da psicologia". Se os amigos tivessem dedicado alguns minutos à tal leitura, perceberiam muita coisa que vem ocorrendo no mundo nas últimas décadas. 
Muitos desses e de outros tantos "laboratórios de costumes" foram financiados por ditaduras e/ou grandes empresas para ver como funciona a engrenagem social desde o início do século passado.

Estudei sobre essa matéria em marketing e motivação. O assunto é amplo e muito interessante, pena que mais de 4 mil pessoas dessa minha lista não tenham interesse nenhum em tomar conhecimento das cordas que nos movem. E querem discutir política como profundos conhecedores, quando "não sabem nem de onde vem a água que estão bebendo". Valeu! 
Obrigada a quem acompanha o que eu publico. Tentarei manter o nível.

Obs.: "As molas e as cordas que regem a sociedade. "
Se vc não estudar, pesquisar e a todo custo tentar entender o que nos motiva, vc será apenas mais um pontinho na massa pronto pra atender os desejos da maioria indo de roldão para servir as minorias que regem o país (o mundo).

 🤓

"O EXPERIMENTO DA PRISÃO DE STANFORD"

Sobre os "10 experimentos "famosos" da Psicologia " vou publicar uma última referência e disponibilizar o link nos comentários para quem quiser ler os demais.
"O EXPERIMENTO DA PRISÃO DE STANFORD"
👉🏻 Em 1971, Philip Zimbardo da Universidade de Stanford conduziu o seu famoso experimento da prisão, que visou examinar o comportamento dos grupos e a importância dos “papéis sociais”.
 Obs.: esse "experimento" estarreceu tanto a sociedade da época que foi tema para alguns filmes (durante décadas) alguns dos últimos são: A experiência (2001) Detenção (2010) The Stanford Prison Experiment (2015)
Método -> Zimbardo e sua equipe selecionaram um grupo de 24 homens estudantes que foram considerados saudáveis, tanto física quanto psicologicamente. Os homens haviam se inscrito para participar de um “estudo psicológico da vida na prisão”, que lhes daria 15 dólares por dia.
Uma metade foi designada aleatoriamente para ser prisioneiro e a outra metade foi designada como guardas. O experimento aconteceu no porão do departamento de psicologia de Stanford onde a equipe de Zimbardo montou uma prisão improvisada.
Os experimentadores se deram ao trabalho de criar uma experiência realista para os prisioneiros, o que incluía “detenções falsas” na casa dos participantes.
Foi dado aos prisioneiros uma introdução razoavelmente padrão da vida na prisão, o que incluía serem despidos e atribuídos uniformes degradantes. Os guardas eram instruídos com instruções vagas de que eles nunca deveriam ser violentos com os prisioneiros, mas que deveriam se manter no controle.
O primeiro dia passou sem nenhum incidente, mas os prisioneiros se rebelaram no segundo dia ao se barricarem em suas celas e ignorando os guardas. Esse comportamento chocou os guardas e provavelmente levou ao abuso psicológico que se seguiu. Os guardas começaram a separar os prisioneiros “bons” e “maus”, e distribuíram punições que incluíam flexões, confinamento em solitárias, e humilhações públicas que levaram a rebelião dos prisioneiros.
Zimbardo explicou, “em apenas alguns dias, nossos guardas se tornaram sádicos e nossos prisioneiros ficaram deprimidos e mostraram sinais de estresse extremo”. Dois prisioneiros abandonaram o experimento, um eventualmente se tornou um psicólogo e consultor para prisões.
O experimento foi originalmente feito para durar duas semanas, mas ele terminou antes quando a futura esposa de Zimbardo, a psicóloga Christina Maslach, visitou o experimento no quinto dia e disse para ele, “eu acho que é horrível o que você está fazendo com esses garotos”.
👀


👉

O EXPERIMENTO DE ROBBERS CAVE


Flavia D Tavares
13 de novembro às 12:00

Horário do almoço. Aproveito para repassar mais um dos " "10 experimentos famosos da Psicologia", artigo publicado no site "insight-psicoterapias . com". Nesse experimento grupos opostos aprendem a conviver quando tem que cooperar em um mesmo trabalho.
O EXPERIMENTO DE ROBBERS CAVE
Muzafer Sherif conduziu o experimento de Robbers Cave no verão de 1954, testando dinâmicas de grupo face a conflitos. Um grupo de pré-adolescentes foi trazido para um acampamento de verão, mas eles não sabiam que os conselheiros eram, na verdade, psicólogos pesquisadores. Eles foram então, separados em grupos diferentes e não tiveram contato uns com os outros a não ser quando estavam disputando eventos esportivos ou outras atividades.
Os pesquisadores demonstraram como é fácil estabelecer a animosidade entre grupos ao restringir o seu contato e estimular a competição. Os experimentadores orquestraram uma tensão crescente entre os dois grupos, particularmente por manter a competição latente.
👉 Então, Sherif criou alguns problemas, tais como falta de água, que requeriam que ambos os times se unissem e trabalhassem em conjunto para alcançar o objetivo. Após alguns desses trabalhos, os grupos se tornaram completamente não competitivos e amigáveis. 🤝
(Sugestão de filme sobre o tema: "I declare war" (2012)
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Vídeo sobre o experimento:




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O EXPERIMENTO DOS MACACOS DE HARLOW



Flavia D Tavares
11 de novembro às 19:36
😎

Continuando. Sobre os 10 experimentos "mais famosos" da psicologia do site "Insight psicoterapias" vou citar este na integra como está no site.
"O EXPERIMENTO DOS MACACOS DE HARLOW
Em 1950, Harry Harlow da universidade de Wisconsin queria testar uma concepção bastante difundida na época de que a dependência demonstrada por bebês em relação às suas mães era decorrente de suas necessidades alimentares, de que o afeto era um tipo de subproduto dessa necessidade básica mais importante. Com o resultado do experimento essa hipótese foi refutada.
Para testar essa hipótese Harlow utilizou macacos rhesus (reso) ao invés de bebês humanos. No experimento, o macaco era retirado de sua mãe que era substituída por duas “mães”, uma feita de pano e outra de arame. A “mãe” de pano não tinha nenhuma função além de sua sensação de conforto, enquanto a “mãe” de arame alimentava o macaco através de uma mamadeira, sem inversamente oferecer nenhum tipo de conforto.
O que Harlow constatou era que o macaco passava a maior parte do seu dia com a “mãe” de pano, e apenas cerca de uma hora por dia próximo a “mãe” de arame, a despeito da associação entre alimento e a mãe de arame.
Harlow utilizou de intimidação para provar que o macaco achava a “mãe” de pano superior. Ele assustava os macacos e observava enquanto eles corriam em direção a mãe de pano. Harlow também conduziu experimentos que isolavam os macacos da companhia de outros macacos para demonstrar que aqueles que não aprenderam a ser parte do grupo numa idade precoce eram incapazes de assimilar e acasalar quando ficavam mais velhos."
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