Tuesday, March 05, 2019

Igreja Católica condenou o Nazismo

Continuação 
Papa condena o Nazismo  (veja mais em)
https://flaviadt.blogspot.com/2013/10/deu-no-jornal-papa-condena-o-nazismo-e.html


Em continuação a postagem anterior, em que apresentei alguns links que foram retirados da Internet, informo o seguinte:

"Carta [Mit Brennender Sorge] foi a única encíclica publicada em alemão. Para redigi-la, Pio XI contou com a ajuda do seu secretário de estado, que tinha sido núncio na Alemanha por muitos anos. O nome do secretário era Eugenio Pacelli, o futuro Pio XII. Além de condenar o nazismo, o comunismo e o fascismo, Pio XI denunciou o que ele chamou de “conspiração do silêncio” dos países democráticos antes da guerra, diante dos avanços do totalitarismo. Esses mesmos países que agora acusam a Igreja de ter silenciado…"


Texto da Encíclica publicada pelo Bispo Ludwig, de Speyer, em 17 de março de 1937
Reproduzo parte dos texto traduzidos:
A Encíclica Mit Brennender Sorge fala de "direitos humanos inalienáveis dados por Deus" e invoca uma natureza humana que passa por cima de barreiras nacionais e raciais. No documento, o Papa Pio XI adverte: "Todo aquele que tome a raça, o povo ou o Estado (...) e os divinize em um culto idolátrico, perverte e falsifica a ordem criada e imposta por Deus". O pontífice critica o que chama de "mito de sangue e solo", afirmando a incompatibilidade entre racismo e cristianismo.
"A revelação, que culminou no Evangelho de Jesus Cristo, é definitiva e obrigatória para sempre, não admite complementos de origem humana, e muito menos sucessões ou substituições por revelações arbitrárias, que alguns corifeus modernos pretenderiam fazer derivar do chamado mito do sangue e da raça. Desde que Cristo, o Ungido do Senhor, consumou a obra da redenção, quebrando o domínio do pecado e tornando-nos merecedores da graça de chegar a ser filhos de Deus, desde aquele momento não se deu aos homens nenhum outro nome sob o céu, para conseguir a bem-aventurança, senão o nome de Jesus . Por mais que um homem encarnasse em si toda a sabedoria, todo o poder e toda a pujança material da terra, não poderia assentar fundamento diverso daquele que Cristo colocou."
"Os livros sagrados do Antigo Testamento são todos palavra de Deus, parte substancial de sua revelação (...) Em algumas partes, fala-se da imperfeição do homem, da sua fraqueza e do pecado (...) Além de outros inumeráveis traços de grandeza e de nobreza, falam da tendência superficial e materialista que se manifestava reiteradamente no povo da Antiga Aliança, depositário da revelação e das promessas de Deus. (...) Mas quem não está cego pelo preconceito ou pela paixão pode notar que o que mais luminosamente resplandece, apesar da debilidade humana de que fala a história bíblica, é a divina luz do caminho da salvação que finalmente triunfa sobre todas as falhas e pecados."
A encíclica conclui dirigindo-se aos religiosos católicos da Alemanha em tom de encorajamento:
"A todos aqueles que conservaram para com seus Bispos a fidelidade prometida no dia do Crisma e da ordenação, àqueles que, no cumprimento de seus deveres pastorais e familiares, tiveram e têm de suportar dores e perseguições - alguns até serem encarcerados ou mandados a campos de trabalho -, a todos estes chegue a expressão de gratidão e a bênção do Pai da Cristandade. Nossa gratidão paterna se estende igualmente aos consagrados de ambos os sexos, uma gratidão unida a uma participação íntima pelo fato de que, como consequência de medidas contra as Ordens e Congregações religiosas, muitos foram arrancados do campo de uma atividade bendita e para eles gratíssima. Se alguns sucumbiram e se mostraram indignos da sua vocação, seus erros, condenados também pela Igreja, não diminuem o mérito da grandíssima maioria que com desinteresse e pobreza voluntária se esforça por servir com plena entrega ao seu Deus e ao seu povo. O zelo, a fidelidade, o esforço em aperfeiçoar-se, a solícita caridade para com o próximo e a prontidão benfeitora daqueles religiosos cuja atividade se desenvolve nos cuidados pastorais, nos hospitais e na escola, são e seguem sendo gloriosa aportação ao bem-estar público e privado. Que não se deixem abater. Um tempo futuro mais tranquilo lhes fará justiça mais que a turbulência que atravessamos."

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