Friday, November 29, 2019

Schadenfreude ou fremdscham.


Estudando sobre comportamento, meio social, natureza humana, temas abordados na sociologia e na psicologia, não posso me omitir de falar sobre esse interessante assunto. O que nos faz rir de certas piadas e muitos riem de cenas de danos de terceiros e até de si próprios? O alemão tem uma palavra que coube perfeitamente a tal situação e é usada nos estudos científicos de comportamento.
Trago aqui um breve resumo e links para quem quiser se aprofundar no assunto. 


Neuropsychologia

Volume 116, Parte A , 31 de julho de 2018 , Páginas 52-60

Rir ou retrair? Processos comuns e distintos de schadenfreude baseada em recompensa e fremdscham baseado em empatia.

Colaboraram para o artigo:


Esclarecimentos: 

Observar a situação alheia pode desencadear emoções de schadenfreude e fremdscham.
Redes neurais comuns e distintas estão subjacentes a schadenfreude e fremdscham.
Schadenfreude bastante ligado à recompensa, fremdscham bastante ligado à empatia.
Atividade insula atenuada se os observadores se concentrarem em schadenfreude vs. fremdscham.
A valência e a intensidade das emoções interpessoais dependem da postura motivacional.

Abstrato

Testemunhar as angústias dos outros pode ser engraçado para os observadores, mas também pode provocar uma empatia com a vítima da situação. 
No presente estudo, examinamos as redes neurais comuns e distintas envolvidas no schadenfreude (ou seja, o prazer derivado do infortúnio de outra pessoa) e no fremdscham (ou seja, compartilhando de forma empática o constrangimento com a desgraça do outro).
Usando imagens funcionais de ressonância magnética, examinamos um total de = 34 participantes enquanto observavam ameaças à integridade social de um outro infeliz e relatavam sua schadenfreude ou fremdscham. 
Nesse projeto entre sujeitos, descobrimos que, apesar de uma ampla sobreposição nas regiões do cérebro envolvidas na cognição social , a ínsula anterior esquerda(AI) foi menos ativada se fosse pedido aos observadores que se concentrassem em sua schadenfreude. 
Além disso, a atividade do núcleo accumben covaria exclusivamente com a intensidade da experiência schadenfreude e apresentava uma maior conectividade funcional com a IA esquerda no contexto de schadenfreude do que durante fremdscham.
Com os presentes achados, demonstramos que a valência e a intensidade das emoções interpessoais dependem fortemente do contexto experimental e que oscircuitos de empatia e recompensa estão envolvidos na formação da experiência subjetiva.


Resumo gráfico



As molas e as cordas que regem a sociedade.



Flavia D Tavares
14 de novembro às 18:28
Quase ninguém curtiu o que publiquei sobre alguns dos "10 experimentos da psicologia". Se os amigos tivessem dedicado alguns minutos à tal leitura, perceberiam muita coisa que vem ocorrendo no mundo nas últimas décadas. 
Muitos desses e de outros tantos "laboratórios de costumes" foram financiados por ditaduras e/ou grandes empresas para ver como funciona a engrenagem social desde o início do século passado.

Estudei sobre essa matéria em marketing e motivação. O assunto é amplo e muito interessante, pena que mais de 4 mil pessoas dessa minha lista não tenham interesse nenhum em tomar conhecimento das cordas que nos movem. E querem discutir política como profundos conhecedores, quando "não sabem nem de onde vem a água que estão bebendo". Valeu! 
Obrigada a quem acompanha o que eu publico. Tentarei manter o nível.

Obs.: "As molas e as cordas que regem a sociedade. "
Se vc não estudar, pesquisar e a todo custo tentar entender o que nos motiva, vc será apenas mais um pontinho na massa pronto pra atender os desejos da maioria indo de roldão para servir as minorias que regem o país (o mundo).

 🤓

"O EXPERIMENTO DA PRISÃO DE STANFORD"

Sobre os "10 experimentos "famosos" da Psicologia " vou publicar uma última referência e disponibilizar o link nos comentários para quem quiser ler os demais.
"O EXPERIMENTO DA PRISÃO DE STANFORD"
👉🏻 Em 1971, Philip Zimbardo da Universidade de Stanford conduziu o seu famoso experimento da prisão, que visou examinar o comportamento dos grupos e a importância dos “papéis sociais”.
 Obs.: esse "experimento" estarreceu tanto a sociedade da época que foi tema para alguns filmes (durante décadas) alguns dos últimos são: A experiência (2001) Detenção (2010) The Stanford Prison Experiment (2015)
Método -> Zimbardo e sua equipe selecionaram um grupo de 24 homens estudantes que foram considerados saudáveis, tanto física quanto psicologicamente. Os homens haviam se inscrito para participar de um “estudo psicológico da vida na prisão”, que lhes daria 15 dólares por dia.
Uma metade foi designada aleatoriamente para ser prisioneiro e a outra metade foi designada como guardas. O experimento aconteceu no porão do departamento de psicologia de Stanford onde a equipe de Zimbardo montou uma prisão improvisada.
Os experimentadores se deram ao trabalho de criar uma experiência realista para os prisioneiros, o que incluía “detenções falsas” na casa dos participantes.
Foi dado aos prisioneiros uma introdução razoavelmente padrão da vida na prisão, o que incluía serem despidos e atribuídos uniformes degradantes. Os guardas eram instruídos com instruções vagas de que eles nunca deveriam ser violentos com os prisioneiros, mas que deveriam se manter no controle.
O primeiro dia passou sem nenhum incidente, mas os prisioneiros se rebelaram no segundo dia ao se barricarem em suas celas e ignorando os guardas. Esse comportamento chocou os guardas e provavelmente levou ao abuso psicológico que se seguiu. Os guardas começaram a separar os prisioneiros “bons” e “maus”, e distribuíram punições que incluíam flexões, confinamento em solitárias, e humilhações públicas que levaram a rebelião dos prisioneiros.
Zimbardo explicou, “em apenas alguns dias, nossos guardas se tornaram sádicos e nossos prisioneiros ficaram deprimidos e mostraram sinais de estresse extremo”. Dois prisioneiros abandonaram o experimento, um eventualmente se tornou um psicólogo e consultor para prisões.
O experimento foi originalmente feito para durar duas semanas, mas ele terminou antes quando a futura esposa de Zimbardo, a psicóloga Christina Maslach, visitou o experimento no quinto dia e disse para ele, “eu acho que é horrível o que você está fazendo com esses garotos”.
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O EXPERIMENTO DE ROBBERS CAVE


Flavia D Tavares
13 de novembro às 12:00

Horário do almoço. Aproveito para repassar mais um dos " "10 experimentos famosos da Psicologia", artigo publicado no site "insight-psicoterapias . com". Nesse experimento grupos opostos aprendem a conviver quando tem que cooperar em um mesmo trabalho.
O EXPERIMENTO DE ROBBERS CAVE
Muzafer Sherif conduziu o experimento de Robbers Cave no verão de 1954, testando dinâmicas de grupo face a conflitos. Um grupo de pré-adolescentes foi trazido para um acampamento de verão, mas eles não sabiam que os conselheiros eram, na verdade, psicólogos pesquisadores. Eles foram então, separados em grupos diferentes e não tiveram contato uns com os outros a não ser quando estavam disputando eventos esportivos ou outras atividades.
Os pesquisadores demonstraram como é fácil estabelecer a animosidade entre grupos ao restringir o seu contato e estimular a competição. Os experimentadores orquestraram uma tensão crescente entre os dois grupos, particularmente por manter a competição latente.
👉 Então, Sherif criou alguns problemas, tais como falta de água, que requeriam que ambos os times se unissem e trabalhassem em conjunto para alcançar o objetivo. Após alguns desses trabalhos, os grupos se tornaram completamente não competitivos e amigáveis. 🤝
(Sugestão de filme sobre o tema: "I declare war" (2012)
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Vídeo sobre o experimento:




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O EXPERIMENTO DOS MACACOS DE HARLOW



Flavia D Tavares
11 de novembro às 19:36
😎

Continuando. Sobre os 10 experimentos "mais famosos" da psicologia do site "Insight psicoterapias" vou citar este na integra como está no site.
"O EXPERIMENTO DOS MACACOS DE HARLOW
Em 1950, Harry Harlow da universidade de Wisconsin queria testar uma concepção bastante difundida na época de que a dependência demonstrada por bebês em relação às suas mães era decorrente de suas necessidades alimentares, de que o afeto era um tipo de subproduto dessa necessidade básica mais importante. Com o resultado do experimento essa hipótese foi refutada.
Para testar essa hipótese Harlow utilizou macacos rhesus (reso) ao invés de bebês humanos. No experimento, o macaco era retirado de sua mãe que era substituída por duas “mães”, uma feita de pano e outra de arame. A “mãe” de pano não tinha nenhuma função além de sua sensação de conforto, enquanto a “mãe” de arame alimentava o macaco através de uma mamadeira, sem inversamente oferecer nenhum tipo de conforto.
O que Harlow constatou era que o macaco passava a maior parte do seu dia com a “mãe” de pano, e apenas cerca de uma hora por dia próximo a “mãe” de arame, a despeito da associação entre alimento e a mãe de arame.
Harlow utilizou de intimidação para provar que o macaco achava a “mãe” de pano superior. Ele assustava os macacos e observava enquanto eles corriam em direção a mãe de pano. Harlow também conduziu experimentos que isolavam os macacos da companhia de outros macacos para demonstrar que aqueles que não aprenderam a ser parte do grupo numa idade precoce eram incapazes de assimilar e acasalar quando ficavam mais velhos."
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O EXPERIMENTO DO PEQUENO ALBERT (flawed)

Dos "10 experimentos famosos da Psicologia", artigo publicado no site "insight-psicoterapias . com" desconsidero "O EXPERIMENTO DO PEQUENO ALBERT" - esse experimento é falho porque o meio em que o menino foi "testado" não era adequado e a mãe do mesmo estava sempre sentada atrás segurando a criança.
O testador se apresentava grosseiramente e atirando os animais sobre o menino insistentemente. Como estabelecer se era o "som do gongo" que estressava o menino em relação aos animais "peludos" ou se era o pesquisador com sua insistência e maus modos? Porque o menino não tomou aversão a mãe, que sempre o estava segurando?
Creio que esse experimento deveria ser um exemplo de como não conduzir um experimento.
O EXPERIMENTO DO PEQUENO ALBERT -
Quando: em 1920
Local: Universidade John Hopkins
Pesquisador: John B. Watson, psicólogo comportamental
Pesquisa: Estudo de condicionamento clássico, um fenômeno que emparelha um estímulo condicionado a um incondicionado até que eles produzam o mesmo resultado. Esse tipo de condicionamento pode criar uma resposta numa pessoa ou animal em relação a um objeto ou som que era anteriormente neutro.
Depois o pesquisador tomou suas próprias conclusões, publicou livros, questionou a psicanálise e a única critica sofrida foi de que o experimento não era "ético".
O condicionamento clássico é mais comumente associado com Ivan Pavlov, que tocava uma campainha toda vez que alimentava o seu cachorro até o ponto em que o mero som da campainha fazia o cachorro salivar (no caso, o alimento era o estímulo incondicionado, o que resultava numa resposta automática do organismo, o salivar, e o sino o estímulo condicionado, que inicialmente não gerava nenhuma resposta, mas que ao ser associado ao alimento passou a gerar a mesma resposta que este).
Vejam o vídeo.


 

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Filme "O experimento de Milgram"

Filme completo e legendado: "O EXPERIMENTO DE MILGRAM" descrito no texto anterior.
Por que as pessoas obedecem as autoridades? Qual o limite para a obediência?
É preciso dar logon no FACEBOOK 
👉





O EXPERIMENTO DE MILGRAM



Um pouco mais sobre psicologia e comportamento -
"O EXPERIMENTO DE MILGRAM
"Por que as pessoas obedecem autoridades? Qual o limite para a obediência? "
Descendente de pais sobreviventes do horror do Holocausto, Milgram esperava compreender melhor como tantas pessoas vieram a participar dos atos cruéis tais como os perpetrados durante o Holocausto. Ele teorizou que as pessoas geralmente estão dispostas a obedecer a figuras de autoridade, levantando a questão, “Será que Eichmann e seus milhares de cúmplices no Holocausto estavam apenas seguindo ordens?”. Em 1961, ele começou então a conduzir experimentos de obediência.
Milgram, com o seu experimento descrito abaixo, descobriu que a maioria das pessoas seguia as ordens para continuar a aplicar os choques a despeito do claro desconforto ou dor do “aprendiz”.
Se os choques fossem reais e de acordo com a voltagem descrita em suas legendas, a maioria teria, na verdade, matado o “aprendiz” no outro quarto.
EXPERIMENTO:
Imagine a seguinte situação. Você se inscreveu para participar de um experimento psicológico sobre os efeitos da punição para a memória. Chegando lá você é conduzido a uma sala com mais uma pessoa e antes de começar é sorteado quem de vocês dois será o entrevistador e quem será o entrevistado.
Após você ter sido sorteado como entrevistador, lhe é instruído que você deverá fazer uma série de perguntas ao outro participante, que se encontra agora numa outra sala, e que a cada resposta errada você deverá lhe aplicar um choque, inicialmente fraco, acionando um botão num aparelho a sua frente, e que a cada resposta errada você deverá ir aumentando gradualmente a intensidade do choque. (...) Ainda assim, o experimentador lhe assegura que ele se responsabiliza e pede para que você continue.
A medida que os choques vão aumentando de intensidade, o outro participante começa a gritar cada vez mais alto e desesperadamente refletindo a intensidade da punição.
Agora eis a pergunta. Considerando que este é um experimento justamente sobre os efeitos da "punição na memória", ou seja, que a situação condiz com os pressupostos do experimento, você aplicaria os choques? E se sim, até aonde você iria?
Obviamente que o participante ao qual eram administrados os choques não recebia nenhum choque de verdade. O sorteio para definir quem seria o entrevistador e o entrevistado tinha como função justamente reforçar a ideia de que “qualquer um poderia ser tanto um quanto outro”, dando a idéia de veracidade do experimento.
(Ou seja, o "entrevistador" era sempre o convidado e o "entrevistado" um ator contratado. )
E foi assim que o psicólogo da universidade de Yale Stanley Milgram orquestrou o que viria a ser um dos mais famosos experimentos da psicologia.
Diversos outros experimentos foram conduzidos posteriormente por outros eminentes psicólogos que atestaram a tendência do ser humano a atribuir a responsabilidade por certos atos à figuras de autoridades referentes ao assunto/situação em pauta, pois partimos do pressuposto de que se aquela figura é uma autoridade no assunto, então, ela deve saber o que está fazendo.
Sugestão de filme sobre o tema: "Experimentos" (2015) (link na próxima postagem) e "O Leitor " (2008)
Extraído do site insight-psicoterapias com
/2016



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