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Friday, January 18, 2019

Faleceu em BH padre Quevedo - Vatican News

Faleceu em BH padre Quevedo - Vatican News



Faleceu em BH padre Quevedo

9 de dezembro de 2019

Considerado um dos maiores especialistas do mundo na área de Parapsicologia, padre Quevedo foi autor de dezenas de livros. Ouça a entrevista que ele deu à Rádio Vaticano.
Cidade do Vaticano
Faleceu na madrugada desta quarta-feira (9), em Belo Horizonte (MG), o padre Oscar González Quevedo aos 88 anos. O jesuíta morreu devido a problemas cardíacos. O velório, a missa de corpo presente e o sepultamento serão realizados nesta quinta-feira (10), na capital mineira. As cerimônias serão reservadas para familiares, amigos e religiosos.
Natural de Madri (Espanha), Quevedo nasceu em 15 de dezembro de 1930. Aos 15 anos, ingressou na Companhia de Jesus. Em 1959, aos 29 anos, o jesuíta chegou ao Brasil e, na década de 1960, naturalizou-se brasileiro.
No País, ele atuou como professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e no Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), onde também foi diretor.  Em 2012, padre Quevedo foi para Belo Horizonte para cuidar da saúde.
Considerado um dos maiores especialistas do mundo na área de Parapsicologia, padre Quevedo foi autor de dezenas de livros, muitos dos quais traduzidos para outras línguas. Entre as suas obras estão: O que é parapsicologiaA Face Oculta da Mente e As Forças Físicas da Mente.
Eis uma parte da entrevista que Padre Quevedo concedeu a Silvonei José quando ele morava ainda em São Paulo.
Ouça a entrevista
https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2019/01/09/16/134812595_F134812595.mp3

Monday, October 07, 2013

Deu no Jornal: Papa condena o Nazismo. E veementemente.



Deu no Jornal: Papa condena o Nazismo. E veementemente.


Atualizado em 22/06/2012 às 0:21.

Fazendo uma pesquisa no Google por acaso descobri uma preciosidade: um arquivo completo com centenas de jornais digitalizados (e em ordem alfabética!), dos mais diversos lugares do mundo e de várias épocas. O link para o arquivo é esse: http://news.google.com/newspapers
Um deleite para quem gosta de fazer pesquisa histórica!
E também por acaso a descoberta foi feita justamente numa notícia que me despertou interesse instantâneo: um jornal de 1937 noticiava que os nazistas haviam censurado uma mensagem do Papa aos católicos alemães.
Após o livro “O Papa de Hitler”, do jornalista britâncio John Cornwell (cujas teses sobre cumplicidade entre o Papado e Hitler já foram rejeitadas pelo próprio autor – veja aqui), não está no gibi o que existe de historiador de plantão abrindo a boca para desferir os mesmos chavões ultrapassados sobre “o silêncio da Igreja” durante a perseguição aos judeus.
Chavões, tão somente. A verdade é que o Papa Pio XI já tinha condenado o nazismo em 1937, tanto em sua política racial quanto em seus ideias que ele dizia serem “neo-pagãos”. Pio XI não só condenou o nazismo como denunciou a “conspiração do silêncio” das outras nações ocidentais, que deixavam Hitler livre e não faziam ou falavam nada. O Cardeal Eugenio Pacelli, futuro Papa Pio XI, foi Núncio em Berlim e era considerado um dos maiores inimigos de Hitler pelo Reich; quando se tornou Papa, continuou levantando a voz contra o nazismo. Quando os Aliados sequer pensavam em enfrentar Hitler, estes Papas eram as únicas vozes no mundo a condená-lo (tanto que Hitler planejou o assassinato de Pio XII, mas o plano não deu certo – veja aqui). E hoje estes mesmos Papas são tachados de covardes e cúmplices de Hitler. Síndrome de culpa de quem podia ter feito algo quando eles pediam para fazer e não fez…
Mas bem! Encontrei diversos notícias em jornais da época confirmando que a relação entre Igreja e Reich não só era de farpas como já estava em conflito muito antes da guerra. Trocas de condenações, censuras, motociclistas indo distribuir na surdina mensagens papais proibidas aos alemães: são o tipo de coisas que essas notícias nos revelam. Portanto, aos historiadores de plantão, esqueçam o Cornwell: vão ao Google, olhem os jornais!
As notícias da época não deixam dúvida: os Papas e Hitler se odiavam.
A primeira notícia é do jornal The Milwaukee Sentinel de 21 de março de 1937 e a manchete é impactante: ”Nazistas denunciados pelo Papa Pio como anticristãos“.
O texto (Imagem 1, abaixo; notícia inteira aqui) diz:
Concordata com Vaticano violada pela Alemanha, diz o Pontífice; Desfecho do confronto com a Igreja se precipita. 
Por William Shirer.
O Papa Pio XI hoje em uma Encíclica de palavras afiadas aos católicos alemães abruptamente acusou o governo nazista de ter violado a concordata com o Vaticano e de favorecer movimentos anticristãos.” 
Há um momento na notícia em que se diz:
“Pelos eventos atuais, um espetacular desfecho no longo conflito entre a Igreja Católica Romana e o Estado Nazista parece inevitável”.
Isto é, em 1937, antes mesmo da Segunda Guerra Mundial, a imprensa já noticiava um “longo conflito” entre a Igreja e o nazismo.
Logo em seguida, se fala que o Papa condena a política racial do nazismo e suas doutrinas neo-pagãs:
“Isto pode ser ainda mais antecipado porque Sua Santidade, na Encíclica, denuncia energicamente a política nazista de supremacia da raça ariana e aponta o contraste entre os princípios católicos e as idéias ‘neo-pagãs’ nazistas”.
Segue a notícia relatando como a mensagem chegou aos católicos, sendo aventuradamente despachada em motocicletas para cada paróquia.
A Encíclica a que se refere a notícia é a Mit Brennender Sorge, disponível no site do Vaticanoem inglês.
Numa outra notícia, do jornal Spokane Daily Chronicle, de 23 de março de 1937, se relata a reação nazista à Encíclica (Imagem 2; a notícia está neste link):
Nazistas censuram mensagem do Papa
“O público alemão em geral ainda desconhecia hoje – tão distantes quanto os jornais ou o rádio estavam preocupados – a Carta Encíclica do Papa Pio em que o Reich foi acusado de quebrar a concordata Igreja-Estado de 1933.
Imprensa e rádio obedeceram rigorosamente às ordens do Ministério da Propaganda de não tocarem no assunto da carta, lida dos púlpitos católicos no domingo. No boca a boca, contudo, a notícia da ação incomum do Papa viajou com uma rapidez incrível.
Um porta-voz do governo recuperou fôlego suficiente para informar, indagado por correspondentes estrangeiros, que a carta do papa é honestamente lamentável.”
Dá para ver como a relação entre a Igreja e o Reich era “de flores”, como apontam certos “historiadores” de plantão por aí.
Uma outra notícia (Imagem 3; notícia completa aqui), do Pittsburgh Post-Gazette de 27 de março de 1937, dá uma ideia de como as relações ficaram ácidas após a Encíclica de Pio XI:
Enviados Nazistas novamente ‘esnobam’ Missa do Vaticano
Enfatizam mais uma vez que a raiva alemã ainda não passou.
Encíclica é citada.
Relações entre o Papa e Berlim se tornam mais tensas.
Embaixadores alemães junto à Santa Sé enfatizaram novamente que a raiva sobre a recente Encíclica do Papa Pio XI que denunciou a política nazista para com a Igreja ainda não passou, [e fizeram isso] esnobando a Missa de Sexta-feira Santa celebrada na Capela Sistina.
A notícia, ao fim, relata que o medo generalizado era que Pio XI desferisse novas condenações na Encíclica que sairia em alguns dias, sobre a perseguição dos comunistas aos cristãos no México:
Outra Encíclica em breve.
O Premiê Benito Mussolini está usando sua influência junto a Berlim para prevenir uma ruptura entre a Igreja e a Alemanha, ressaltando a cooperação proveitosa e pacífica entre a Igreja e a Itália.
O Papa Pio irá lançar sua terceira Encíclica dez dias a partir de amanhã. A Encíclica vai tratar da situação da Igreja no México e são esperadas condenações para várias políticas do governo que se alega serem programadas para cercear a liberdade religiosa. Algumas pessoas acreditam que o Papa possa novamente fazer referência ao problema alemão.”
Sobre o Papa Pio XII, uma notícia do Toronto Daily Star, de 2 de junho de 1945 (Imagem 4; disponível inteira aqui) traz como manchete uma palavra do Pontífice e no texto condenações  enfáticas dele mesmo durante um discurso:
Permitam que se acalmem as paixões para que a paz possa falar, diz o Papa.
Numa transmissão de hoje, o Papa Pio XII demonstrou esperança de que a a nação alemã possa ‘se levantar com nova dignidade e nova vida uma vez que tenha subjugado o espectro satânico levantado pelo nacional socialismo e os culpados tenham expiado os crimes que cometeram’.
Ele clamou pela punição dos crimes de guerra nazistas e disse que o ‘repentino e trágico fim’ de Hitler acabou com a perseguição à Igreja Católica pelo nazismo”.
A notícia segue trazendo trechos da mensagem de Pio XII, todos desferindo dardos ácidos contra o nazismo e demais ideologias revolucionárias que fazem valer suas ideias “pela violência, pela subversão e pelo despotismo”.
Em um momento, recolhe-se palavras do Papa sobre os assassinatos e deportações de civis por sua religião ou raça:
“‘Nós temos de deplorar que – em mais de uma região – tenham ocorrido assassinatos de padres, a deportação de civis e a matança de cidadãos sem julgamento ou por vingança pessoal’, disse o Papa.
[...]
O Papa ressaltou que o seu predecessor, o Papa Pio XI, condenou o credo nazista na Encíclica publicada na Sexta-Feira da Paixão de 1937, intitulada ‘Com Ardente Tristeza’ (N.T.: Se refere à Encíclica Mit Brennender Sorge, da qual falamos anteriormente). O documento papal ‘assustou as mentes e os corações dos homens’, declarou o Pontífice. ‘Muitos – mesmo além das fronteiras da Alemanha – que fecharam seus olhos para a incompatibilidade entre os pontos de vista nacional-socialistas e o ensino de Cristo tiveram de reconhecer seu erro’.
Falando de sua própria política durante a guerra, o Papa disse que ‘constantemente anunciou as exigências das leis perenes da humanidade e da Fé Cristã, em contraste com as trágicas aplicações dos princípios do Nacional-Socialismo que foram muito longe em utilizar os mais requintados para torturar ou eliminar quem frequentemente era inocente’.
Ele falou de milhares ‘cuja única culpa era a sua fé’ que morreram nos campos de concentração nazistas.”
 O discurso inflamado de Pio XII contra o nazismo cujos trechos foram recolhidos pelo Toronto Daily Star também foi notícia – e com ainda mais detalhes – na edição de 3 de junho de 1945 do The Telegraph-Herald de Dubuque, Iowa (Imagem 5; disponível inteiraaqui):
PAPA CONDENA NAZISTAS
E fala sobre o quanto a Igreja sofreu na Guerra.
Papa acredita que uma nova Alemanha ressurgirá das ruínas da guerra.
O Papa Pio XII transmitiu sábado uma solene condenação do nazismo e expressou sua confiança de que uma nova Alemanha surgirá ‘com nova dignidade e nova vida após ter lançado fora o satânico encantamento do nacional socialismo’ (N.T.: É o mesmo discurso anterior, porém a notícia traz com outras palavras; traduzimos como estava em cada uma delas).
[...]
O Pontífice deu alguns números das negociações entre a Igreja Católica e o governo nazista desde a ascensão de Hitler. Falou sobre os 2.800 padres poloneses que estavam presos no famoso campo de concentração de Dachau e dos quais sobreviveram apenas 816.
[...]
O Papa relatou em detalhes a destruição de Igrejas, de escolas paroquiais, a pressão de Hitler sobre a juventude para afastá-la da Igreja, a supressão da imprensa católica e a difamação do Clero.
[...]
Sua Santidade relembrou os esforços de seu predecessor que numa Encíclica em 1937 ‘revelou aos olhos do mundo inteiro o que o nacional-socialismo realmente era [...] uma adoração do poder, uma idolatria da raça e uma opressão sangrenta à liberdade e dignidade do homem.
[...]
Falou também em detalhes sobre a perseguição dos católicos, tanto clérigos quanto leigos, como também outras pessoas inocentes. Citou ainda números das taxas de mortalidade nos famosos campos de concentração nazista…”
Os fatos históricos e os documentos da época atestam, pois, que não houve nunca cumplicidade entre a Igreja e os nazistas. Pelo contrários, as notícias da época dão nota de que havia um longo e acirrado conflito entre a Igreja e os nazistas mesmo antes da Segunda Guerra Mundial; quando Pio XI publicou a sua Encíclica contra o nazismo – sendo o primeiro líder no mundo a levantar a voz contra o Hitler - essa oposição se acirrou ainda mais e as perseguições e assassinatos de padres e católicos foram incrementadas. Pio XII, que já trabalhava contar o nazismo como Núncio em Berlim, subiu ao Trono Pontifício e logo enfrentou o drama da Guerra, se tornando a única voz moral a exigir a prevalência da dignidade humana frente à crueldade nazista. E isso tudo diante do silêncio de toda a comunidade internacional, que cortejava Hitler e só resolveu enfrentá-lo muito tardiamente.
Quantos poderiam ter sido salvos se o apelo destes dois Papas tivesse sido ouvido desde o começo?
E como acusar os únicos homens que fizeram algo quando ninguém mais fazia de serem cúmplices do nazismo?
Contra afirmações tão ignorantes como essa, só digo uma coisa: dê um Google!

——

Seguem as imagens.


“Sábado, 27 de Maço de 1937”.

“Relação entre PAPA e Berlin está cada vez mais tensa”.


Para quem não sabe, ou, finge que não sabe, essa placa foi doada no ano 1946 pelos Judeus à igreja em nome do Papa Pio XII.
Observem o que está escrito na placa:
Moção aprovada pelo Terceiro Congresso da Comunidade Israelita Italiana realizado em março de 1946.
“O Congresso dos Delegados das comunidades israelitas italianas, realizado em Roma, pela primeira vez após a Libertação, é obrigado a pagar tributo a Sua Santidade, e, para manifestar o mais profundo sentimento de gratidão de todos os judeus, por mostrar a Fraternidade humana da Igreja durante os anos de perseguição e quando suas vidas foram postas em perigo pelas atrocidades nazifascistas. Muitas vezes, sacerdotes suportaram prisões e campos desconcentração e até mesmo sacrificaram as suas vidas para ajudar os judeus. Essa prova que o sentimento de bondade e caridade que ainda conduz o justo tem servido para diminuir a vergonha das indignidades suportadas, o suplício sofrido das perdas de milhões de seres humanos. Israel ainda não terminou o sofrimento: Os judeus sempre lembrarão o que a Igreja, sob ordens do papa, fez por eles naquele momento terrível”.
Fonte: Cai a Farsa.

Veja mais em:
  • https://flaviadt.blogspot.com/2019/03/igreja-catolica-condenou-o-nazismo.html



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